Técnico do sub-20 do Resende fala sobre experiência na base do Lyon

A parceria entre Resende, Pelé Academia e Lyon rendeu duas semanas de experiência ao técnico Sandro Sargentim. O comandante da equipe sub-20 carioca passou quinze dias no clube francês, onde observou os métodos de trabalho executados na base.

Sandro Sargentim (à direita) se encontrou com Juninho Pernambucano, diretor do Lyon. Foto: Arquivo Pessoal

A oportunidade surgiu devido à Pelé Academia, centro de formação de atletas localizado na cidade carioca. A parceria com o Lyon, que começou em 2019, oferece intercâmbio e capacitação aos profissionais e dá aos franceses  a prioridade na compra de jovens formados no local. Sandro foi acompanhado por dois atletas que disputaram a Copa São Paulo pelo Resende: Douglas, de 18 anos, e Igor, d 19, que passaram por testes no clube francês.

Entre as principais observações feitas por Sargentim, a implementação da filosofia de jogo feita em todas as categorias do clube chamou a atenção. “O que mais me deixou feliz foi o que eles chama de DNA Lyon. O clube sabe como quer jogar com e sem a bola e isso se torna padrão para todas as categorias, iniciando com os meninos de sete anos até o profissional.Vai muito além do sistema de jogo, é uma forma particular de atacar e defender. Isso me deixou muito contente e ciente que seria um ótimo caminho para que as categorias de base dos clubes do Brasil seguissem, pois dessa forma voltaríamos a formar atletas talentosos como sempre formamos”.

Sobre o DNA Lyon, Sandro destacou a intensidade de jogo desde as categorias menores. “As atividades são todas feitas no campo de jogo e a relação treinamento/forma de jogar é muito bem respeitada. Eles são muito agressivos com e sem a bola, gostam de pressionar com a posse e, quando perdem, pressionam os adversários até recuperar a bola ou forçar o erro técnico. Vi isso aplicado nos treinos, um princípio bem próximo do que pensamos e queremos que nossas equipes façam”.

Para o treinador, a chave do sucesso no trabalho do Lyon está na manutenção do trabalho. “Percebi que os treinadores (do Lyon) têm uma longevidade grande no cargo, podendo com isso trabalhar de forma efetiva, sem interrupções constantes do processo (o que é muito comum no Brasil, infelizmente). Além disso, acho que temos que voltar a ter nossa identidade, uma forma de atuar. Sempre tivemos e me parece que em algum momento ela se perdeu um pouco. Penso que essas duas características geram uma receita de sucesso que poderíamos nos espelhar para colher os resultados”.

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