Treinador do CSE diz que pensamento agora não pode ser no futebol e valoriza trabalho na base
Treinador renomado em Alagoas (recebeu o troféu de melhor técnico em 2014 e 2019), Jaelson Marcelino Alves, de 44 anos, conquistou no ano passado, no comando do CSE, o quarto acesso seguido para a Primeira Divisão de Profissionais do Campeonato Estadual, sempre com a obtenção do título de campeão da Segundona.
No entanto, o técnico não se esquece do futebol de base. Campeão alagoano sub-20, em 2015, pelo ASA, e com passagem por Coruripe em 2018, na mesma categoria, Jaelson, mesmo no comando do elenco profissional, faz questão de contar com vários jogadores com idade mais baixa, como aconteceu no Jaciobá, em 2018, que viria a ser campeão sub-20 em 2019, devido à rodagem no elenco principal, garantindo vaga na Copa do Nordeste, na Copa do Brasil (o adversário seria o Flamengo, em Arapiraca, porque a cidade de Pão de Açúcar não tem um estádio que atenda aos requisitos mínimos previstos pela CBF) e na Copa São Paulo (que o clube acabou declinando por problemas financeiros). Esse mesmo trabalho, o treinador repete agora no CSE, incluindo vários atletas sub-20 no elenco profissional.
“Eu gosto muito de trabalhar com o pessoal da base. Todos os clubes do Brasil deveriam investir muito na base, porque não é gasto, é investimento. Se não fosse essa parada, acredito que o CSE tinha tudo para ser campeão sub-20, repetindo o modelo do Jaciobá. E olho no Cruzeiro de Arapiraca. Daqui a uns três anos vai ser um potência no futebol de base alagoano. Está fazendo um investimento muito grande e apresentando uma estrutura muito boa”, disse Jaelson Marcelino.
Sobre a pandemia do novo coronavírus (COVID-19), que suspendeu as atividades esportivas em todo o país, o treinador deu uma declaração contundente:
“Que isso passe o mais rápido possível. Esse vírus abalou o mundo. O nosso pensamento agora não é no futebol, mas sim na saúde. Há muita gente perdendo vida”.